Vídeo: Idosa é empurrada escada abaixo em discussão com síndica no RJ: “Pensei que fosse morrer”

Imagens chocantes de uma agressão contra a advogada Sonia Maria do Socorro Fernandes, de 70 anos, vieram a público nesta terça-feira (4). O caso ocorreu em janeiro, no Rio de Janeiro, e mostra um desentendimento que terminou com a idosa sendo empurrada e rolando escada abaixo. A situação envolveu Sonia, a síndica de um condomínio, Carmem Silva Ferreira Marques, e o filho dela, Juan Carlos Marques de Deus. Segundo informações do g1, o episódio é tratado pela Polícia Civil como tentativa de homicídio.

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Tudo começou quando Sonia foi até a administração do condomínio cobrar explicações sobre boletos que não estavam sendo entregues. Durante a conversa, o clima esquentou, e Juan Carlos iniciou uma discussão com a advogada. O conflito piorou quando uma cliente de Sonia, que a acompanhava, decidiu gravar o ocorrido. Isso provocou a reação de Carmem, que tentou arrancar o celular da mulher, causando ainda mais tensão. Nesse momento, a acompanhante quase perdeu o equilíbrio e por pouco não caiu da escada.

A confusão parecia estar longe de terminar. Pouco depois, Carmem voltou para a sala da administração, enquanto a discussão continuava. Foi aí que, de forma inesperada, Sonia foi empurrada e caiu escada abaixo. As imagens revelam que, enquanto a advogada estava desacordada no chão, Carmem simplesmente fechou a porta da sala. Segundo testemunhas, Sonia ficou inconsciente por cerca de cinco minutos.

Ferida, a advogada foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio. A queda resultou em vários machucados graves, e ela precisou levar 15 pontos na cabeça. Além disso, os ferimentos agravaram uma condição pré-existente na coluna, fazendo com que Sonia, que já havia passado por cirurgia, agora dependa de muletas para se locomover.

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A Polícia Militar chegou ao local logo após o ocorrido, mas Juan Carlos já havia fugido. Carmem, por sua vez, foi presa em flagrante e levada para a 5ª DP (Mem de Sá). No entanto, a prisão não durou muito: nove dias depois, em 15 de janeiro, a síndica foi solta. A polícia ainda solicitou a prisão de Juan, mas ele segue foragido. Em entrevista ao g1, Juan negou as acusações e afirmou que a versão apresentada por Sonia “não condiz com a verdade dos fatos”. Ele também disse que sua advogada irá se pronunciar em breve.

Do outro lado, Sonia descreveu o episódio como um desentendimento causado por um motivo fútil que quase custou sua vida. “Eu fui lá apenas para resolver um problema, mas o filho dela começou a me agredir verbalmente. Minha acompanhante começou a gravar a discussão, e a síndica partiu para cima dela. Depois, ela voltou e, junto com o filho, me empurrou. Nunca pensei que eles fossem me jogar escada abaixo”, relatou a advogada.

Sonia ainda relembrou os momentos de horror após a queda. “Eu pensei que fosse morrer. Não sei ao certo quanto tempo fiquei desacordada. Quando acordei, estava coberta de sangue, minha acompanhante desesperada, ligando para os Bombeiros e minha família. A escada estava toda ensanguentada, e eu mal conseguia lembrar o que tinha acontecido”, contou.

Agora, a advogada enfrenta as sequelas físicas e emocionais do incidente. “Estou com dores por todo o corpo, minha cabeça e coluna doem constantemente, e mal consigo andar sem as muletas. Eu só espero que a justiça seja feita e que eles paguem pelo que fizeram comigo.”

O caso, que gerou indignação nas redes sociais, está sendo investigado pela Polícia Civil como tentativa de homicídio. Enquanto isso, a sociedade aguarda por respostas e punições adequadas para os responsáveis. A história de Sonia, infelizmente, é um exemplo de como situações corriqueiras podem escalar para violência, deixando marcas profundas nas vítimas e em suas famílias.